segunda-feira, 13 de novembro de 2017

GENTILEZA: UMA OBRIGAÇÃO DE TODOS TEM SEU DIA. VAMOS REFLETIR E PRATICAR?

Pequenas atitudes que deveriam ser hábitos diários podem mudar uma situação para melhor
ADAMO BAZANI



Os principais dicionários classificam como gentileza a postura de amabilidade e respeito ao próximo, ou seja, atos que devem ser praticados por quem é gente.
Entretanto, em muitas ocasiões, parece que estes atos estão cada vez mais raros, principalmente onde há aglomeração de pessoas, como em estádios, shows, transporte público e, acreditem, até mesmo em celebrações religiosas, por incrível que possa parecer.
Mas você sabia que a gentileza, algo que deve ser um hábito diário, tem uma data especial para ser comemorada e debatida?
É dia 13 de novembro – Dia Mundial da Gentileza. A data surgiu no Japão, em 1996, quando em Tóquio, grupos se reuniram para propagar as ideais de como melhorar os relacionamentos das pessoas, em especial em ambientes coletivos.
No transporte público, as queixas de falta de gentileza de todas as partes são recorrentes, seja por parte dos motoristas, cobradores, fiscais e sim, dos passageiros também.
Situações que elevam o estresse, como metrô, trem e ônibus lotados, calor, frio, chuva, demora, atrasos, congestionamentos .... nada disso pode ser pretexto para falta de educação.
O primeiro passo para agir com gentileza e gerar gentileza é ver a outra pessoa como gente: um ser humano que tem dores, cansaços, aflições, pressas, sonhos....tudo igualzinho a você.
E pequenas atitudes podem mudar uma situação e melhorar seu deslocamento e das outras pessoas.
Parece óbvio o que vai ser dito, mas, se é tão óbvio assim, por que nem todos praticam? Então, vale a pena relembrar:
- Respeite os lugares de idosos, pessoas com deficiência, gestantes, entre outros passageiros que têm este direito.
- Se você, idoso, gestante e pessoa com deficiência, foi ajudado por algum passageiro, que cedeu o lugar, agradeça com sorriso e satisfação. Sim, é seu direito, mas o que custa ser gentil, retribuir e incentivar um gesto louvável?
- Não use mochila nas costas ou qualquer outro volume que atrapalhe a circulação dentro do ônibus ou vagão (carro metroferroviário).
- Sempre procure deixar as saídas do ônibus ou vagão (carro metroferroviário) livre. Se não vai descer em um determinado ponto ou estação, não fique nas portas, se possível.
- O ônibus demorou? O motorista parou longe do ponto? Não discuta. Exerça seu papel de cliente dos transportes: anote o número do ônibus, horário e linha e entre em contato com a empresa ou para a gerenciadora pública de transportes. Ah sim, e na hora de reclamar, seja por telefone, internet ou qualquer outro meio, seja educado também. E, preferencialmente, objetivo. Fale do que ocorreu e pronto!
- Diferenças físicas, raciais, sociais e de opção religiosa, sexual, entre outras, devem ser respeitadas.
- Mantenha os ônibus, vagões, estações, terminais e pontos limpos. Ninguém é obrigado a suportar a sujeira dos outros. Procure levar um saquinho plástico no bolso, como as sacolinhas de supermercados, para jogar restos de alimentos, papéis de bala, chicletes e outras embalagens.
- O transporte público é um ambiente coletivo, mas nem por isso, a individualidade deve ser deixada de lado. Assim, não toque nas outras pessoas sem necessidade, não ouça músicas ou programas de rádio sem o fone de ouvido e não fique encarando ninguém.
- O motorista deve sempre responder caso o passageiro deseje “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”, respeitar o ritmo mais lento de idosos e de pessoas com mobilidade reduzida, dar informações sempre que possível e dirigir com respeito e responsabilidade. O profissional de transporte deve entender que neste país de desemprego, ele só está empregado por causa desse passageiro, que é o seu cliente e seu patrão. O motorista de ônibus deve entender que não é um operador de veículo grande, mas é um atendente da população. Se serve para dirigir, mas não serve para atender, melhor mudar de profissão. As principais empresas de ônibus fazem treinamentos para seus profissionais atenderem melhor às pessoas, mas têm certas posturas de educação que nem precisa de treinamento para saber que são certas ou erradas.
E para todos: educação e gentileza devem ser hábitos, cabem em qualquer lugar e, acima de tudo, é obrigação para quem vive em sociedade.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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